4 de jan. de 2014

o silêncio, você sabe, é arma fatal e buraco infinito; uma fenda profunda que acumula sensações multiplicadas pelo vazio. o amor desexiste quando absorvido pelo vácuo das não-palavras. nos recônditos do vão silente, as mágoas enraizadas aprendem a verdejar. não precisamos de tranquilidade ou calma para cultivar jardins de maus sentimentos. há dores belíssimas, repletas de luz e cor, capazes de metatastasear em todos os interiores do caos.


engana-se quem pensa que o abandono é cinza. somos capazes de colher decepções inconsoláveis nos canteiros do corpo azul.